Ainda estamos em modo festival. Afinal mais de metade na nossa equipa estreou o kalor do Meo Kalorama na semana passada e só consigo dizer “Oh me Oh my“!
Não nos vimos gregos para ver os palcos, já que o nome de origem grega fez justiça à bela vista que o público tinha! As colinas do parque permitiram até àqueles de 1.5m manter os pés no chão e ver os espetáculos.
Enchentes humanas, pirilampos, filas intermináveis, muita poeira, muita fome, muitos pés doridos, muita bebida. Foi um verdadeiro festival “Gold”, ainda mais com o retorno do grande australiano Nick Murphy (a.k.a Chet Faker) a Portugal!
Quem estava nas primeiras filas da plateia, tipo o cliché de sardinha enlatada, facilmente percebeu que o ortónimo e o heterónimo estavam em dupla a vibrar no palco, cheios de soul e eletrónica para dar.
O músico australiano de 34 anos, nascido em Melbourne cresceu influenciado pelo jazz chill out de Chet Baker… semelhanças com o heterónimo? Agora entende-se.
O boost da fama deu-se quando Faker decidiu fazer um cover da música “No Dignity” de Blackstreet e a marca Beck’s escolheu utilizá-la num anúncio do Super Bowl. Esta versão chilled e intimista explodiu e a partir daí foi história.
Seguiu-se o seu primeiro EP “Thinking Textures” em 2012, o primeiro álbum “Built on Glass” em 2014, que foi um sucesso mundial, e em 2016 Nick Murphy deixou o seu heterónimo com a mensagem “It’s been half a decade since I started releasing music as Chet Faker and all of you have been the driving force behind the music since. There’s an evolution happening and I wanted to let you know where it’s going. The next record will be under my own name, Nick Murphy. Chet Faker will always be a part of the music. This is next.”.
Isto até 2021, quando voltou num hotel cheio de coisas más mas onde se pode estar bem – o álbum “Hotel Surrender”.
E foi em 2022, em Setembro, em plena primeira edição do MEO Kalorama que Chet Faker lançou ao vivo o seu último single “It Could be Nice”, and it was so nice indeed!
Chet Faker renasceu, acompanhado de uma guitarra e piano elétricos, R&B, emoção, energia, vibração e uma magia australiana. Se nunca viste este DJ intimista ao vivo, recomendo. “Talk is cheap”, por isso só mesmo experienciando é que podes julgar.
E se falhaste a primeira edição do Kalorama, as datas de 2023 já foram lançadas!