Tudo sobre Branding com André Calhau
Se conheces alguém que tem uma marca de certeza que já as ouviste dizer “A minha marca é o meu bebé”. Pois bem, a conceção de uma marca é algo parecido a gerar um bebé, calma, não é isso que estás a pensar, ou será? 😅
Lê o nosso blog na íntegra e descobre como se constroem marcas monstruosas à boleia do nosso professor de branding André Calhau.
Para construir uma marca são necessários vários passos imprescindíveis:
Briefing
A saber, antes de idealizar uma marca, o briefing é fundamental e um passo que não se deve saltar. Quando bem elaborado, ajuda a identificar e entender melhor o público-alvo da empresa, os seus principais produtos, missão e proposta única de valor.
Além disso, o briefing ainda evita mal-entendidos e desperdício de recursos na fase da criação. O Calhau escolheu estas perguntas como fundamentais para fazer aos clientes:
Brainstorm
Assim, depois de recolher todas as informações chegou a altura de idealizar a marca. Aqui é importante deixar que as ideias fluam livremente, mas há métodos para que isto aconteça de forma sistemática, porque não existem rasgos de inspiração sem trabalho e método.
Portanto, começamos com a identificação de palavras-chave dos alicerces da marca. Estas palavras orientam a criação do moodboard, um painel visual que congrega imagens, texturas, cores e tipografias que capturam a atmosfera e a identidade pretendida para a marca. Sem dúvida que este painel, não só inspira a equipa criativa, mas também assegura uma visão coesa da direção estética.
O benchmarking é igualmente crucial; desse modo, ao analisar-se o mercado e concorrentes para identificar práticas exemplares e diferenciadores estratégicos, garante-se que a marca se posicione de forma única e relevante. Integrando estes elementos, o brainstorming torna-se um processo dinâmico que funde pesquisa e criatividade, pavimentando o caminho para uma marca distintiva e impactante.
Apresentação
A apresentação da marca é o sumário da narrativa visual, reflete a identidade, valores e promessas ao público. Aqui estão alguns dos elementos que o nosso especialista de brand considera cruciais:
Conceitos: A marca deve contar uma história, e os conceitos são o fio condutor dessa narrativa. Podem ser derivados da missão, visão e valores da empresa, assim como da sua proposta única de valor. Por exemplo, das marcas airbnb e adidas surgiram destes conceitos.
- Cores: As cores têm um forte impacto psicológico e ajudam a evocar emoções específicas. Por isso, a paleta de cores escolhida, refletirá a personalidade da marca. Só para exemplificar: uma marca que quer transmitir luxo, pode optar por cores escuras e metálicas, por outro lado, uma marca jovem e energética pode escolher cores vibrantes e saturadas.
- Mockups: Esta é a aplicação da marca em todos os materiais físicos, e onde podemos ver a marca a ganhar vida. É a representação visual de como um produto ou design vai aparecer no mundo real, vital para que stakeholders e clientes consigam visualizar o resultado antes da produção ou lançamento. Isso permite uma melhor tomada de decisão e ajustes no design antes de se comprometer com custos de produção.
Brandbook
O brand book, ou manual da marca, é um documento que detalha as diretrizes de marca e serve como um roteiro para como a marca deve ser comunicada e representada. Nele estão os motivos pelos quais é indispensável:
- Cultura da Marca: comunicando a missão, visão e valores da empresa, ajudando a assegurar que todas as ações de marketing e comunicação estejam alinhadas com a cultura da marca.
- Autonomia: Com um guia em mãos, as equipas internas e fornecedores externos podem agir com mais autonomia, já que têm clareza sobre os limites e possibilidades dentro da identidade da marca.
- Profissionalismo: se for bem elaborado, reflete o profissionalismo e a seriedade com que a marca foi desenvolvida, gerando confiança no cliente.
- Onboarding: É uma ferramenta essencial para o onboarding de novos funcionários, ajudando-os a compreender rapidamente os elementos cruciais da marca e como eles devem ser utilizados.
- Legalidade: pode ainda servir como um documento legal que protege os ativos intelectuais da marca, estabelecendo regras para seu uso e aplicação.
- Eficiência: Facilita o processo de criação de novos materiais de marketing e comunicação, economizando tempo e recursos ao evitar erros comuns de branding.
Afinal, o que compõe um brandbook?
O André Calhau diz-nos que estes são os elementos essenciais para um brandbook básico, que pode ser mais ou menos complexos, isso depende sempre da natureza da marca e das necessidades da empresa.
Rebranding
Rebranding é o processo de mudar a imagem de uma marca, incluindo nome, logo, visual e outras características associadas à sua identidade.
Então, e quando é necessário Rebranding a uma marca?
O rebranding é necessário quando uma marca precisa revitalizar a imagem, manter-se relevante e competitiva, ou se realinhar com os seus valores e objetivos. Portanto, isso pode ocorrer devido a mudanças no mercado que exigem um novo posicionamento, ou quando a marca deseja alcançar um novo público.
Também é uma estratégia usada para superar desafios de reputação, garantindo uma nova oportunidade de reconstruir a confiança do consumidor. Fusões e aquisições levam frequentemente a um rebranding para refletir uma nova identidade corporativa. À medida que as tendências e preferências dos consumidores evoluem, uma marca também pode parecer desatualizada, fazendo com que uma atualização seja necessária para manter a marca fresca e atraente.
Além disso, a expansão para mercados internacionais pode exigir ajustes na marca para garantir relevância cultural e ressonância com o novo público. Em essência, o rebranding é uma transformação estratégica que alinha a imagem de uma marca com o seu caminho de crescimento e visão para o futuro.
Quando o Rebranding falha
Quando um rebranding falha, é crucial para a empresa realizar uma análise rápida para entender o que falhou e como remediar a situação. Dependendo da gravidade da situação, pode ser necessário realizar outro rebranding ou ajustar elementos do novo branding para corrigir os erros e reconquistar a confiança dos consumidores e parceiros.
Eis algumas razões que ajudam a explicar porque o Rebranding pode falhar:
Rejeição do Público: O novo branding pode não ressoar com o público existente, resultando em perda de lealdade e confiança dos clientes, que podem sentir que a nova marca não representa mais os valores que eles apreciavam. O André Calhau dá-nos o exemplo da Tropicana que retrocedeu na sua decisão:
Confusão da Marca: Se a mudança não for comunicada eficazmente, pode causar confusão entre os consumidores e stakeholders, deixando-os incertos sobre o que a marca representa ou até mesmo se é a mesma empresa.
Impacto Financeiro: Investimentos significativos são feitos em processos de rebranding. Um falhanço pode significar um grande desperdício de recursos, sem contar a potencial perda de receita devido à diminuição da base de clientes.
Tal como o que aconteceu com a Gap:
Como podes ver, a criação de uma marca é bastante complexa e pode acontecer de várias formas, na Black Monster Media acreditamos que este modelo é o mais eficaz para garantir os resultados que os clientes mais desejam para os seus “bebés”.
E tu tens uma marca que chames “o meu bebé”? Sim, se sim, conta-nos como foi o seu processo de criação nos comentários. Para saber mais sobre branding descarrega o nosso ebook e segue a Black Monster Media para nunca perderes as melhores dicas e truques de marketing.