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Os Maiores fails empresariais de sempre. Ainda tenho pesadelos com o número 3.

Durante a guerra dos três reinos (A.D. 207–265) na China, um dos grandes generais que comandava o império Shu – Chucko Liang – dispensou o seu exército mantendo apenas 100 dos seus melhores guerreiros com ele enquanto descansava numa pequena aldeia. Interrompendo o seu descanso, um mensageiro informa-o que o líder de um dos reinos em conflito, Sima Yi, se aproximava com um exército de 150,000 homens.

Chucko Liang, até agora um dos mais bem sucedidos generais da guerra, enfrentaria seguramente o seu fim. Finalmente o Império Shu ficaria nas mãos de Yi e a guerra passaria a chamar-se a guerra dos dois reinos.

Sem tempo de preparação não havia muito a fazer para Chucko para reverter a situação. Enfrentar um exército de 150,000 apenas com a sua guarda pessoal significaria invariavelmente a sua morte e a dos seus fiéis soldados. Fugir estaria também fora da equação, pois a nuvem de pó que o exército levantava, já se conseguia avistar e os seus passos já eram audíveis do interior da aldeia. Shu ordenou então aos seus homens que se escondessem e removessem as bandeiras do seu exército da vista, e sentou-se na parte mais visível da muralha vestindo um robe taoista. Acendeu incenso e começou a tocar flauta e a cantar.

Lentamente o exército chegava cada vez mais perto da entrada da aldeia e Chucko parecia nem ver o que se aproximava. Quando foi possível encararem-se os dois generais, Yi rapidamente reconheceu o seu rival e, a uns metros antes da entrada, ordenou que o seu exército parasse de marchar. O silêncio que envolvia a tensa energia que pairava no ar era só cortado pelos cânticos de Chucko. Quando Yi viu que a aldeia parecia deserta e que apenas Chucko se encontrava na muralha pensou brevemente que teria por fim derrotado o grande general, que Chucko teria perdido a sua calma e talvez tivesse deixado que o poder o amolecesse – pensamento que apenas durou alguns minutos antes de ordenar às suas tropas que saíssem em retirada.
Esta seria seguramente uma armadilha montada pelo imperador do reino Shu.

 

O que terá sido que levou a Yi tomar esta decisão? Aqui estava finalmente a sua oportunidade de derrubar o reinado mais imponente da grande guerra e no entanto, bateu em retirada com a certeza que este seria mais um dos truques do seu inimigo. Terão sido os deuses que foram favoráveis a Chucko? Não.

Foi a sua reputação.

Quer queiramos ou não, a nossa reputação precede-nos, está alojada em nós.

É a reputação da Amazon, de confiabilidade que nos faz colocar os números dos nossos cartões de crédito e encomendar produtos de milhares de euros sem medo de os perder. É a reputação da Wish que faz com que pensemos 35000 vezes antes de comprar alguma coisa acima de 1€.

Criar uma reputação positiva demora uma vida a construir e um segundo a destruir, e há várias marcas que sabem isto bem. Aqui ficam os melhores exemplos a não seguir.

Otto von Bismarck — ‘Only a fool learns from his own mistakes. The wise man learns from the mistakes of others.’

1 – Wirecard:

Nascida em 1999 acabaria por abrir insolvência no ano seguinte devido ao crash do dotcom. Ainda assim, em 2002 foi recapitalizada por Markus Braun, um investidor austríaco que se tornou CEO e CTO da empresa, focando o negócio em pagamentos de serviços na worldwideweb.
Em 2018, a Wirecard valia 27 mil milhões de dólares e juntava-se ao exclusivo DAX 30 index, atraindo investidores e acionistas de todo o lado.
Em 2020 um erro de contabilidade foi descoberto: alguém se tinha enganado a fazer contas.

Seguramente seria um problema fácil de resolver, só que não.

A discrepância descoberta foi de 2.3 mil milhões de dólares – Markus Braun demitia-se, mas depois de uma investigação pelas autoridades alemãs, acabaria por ser preso e acusado de manipulação do mercado e data fraudulenta. Esta revelação deixou os investidores e acionistas sem dinheiro enquanto as ações perdiam valor vertiginosamente.
A Wirecard acabaria mesmo por fechar.

2- ZOOM:

Todos conhecemos o programa Zoom, apareceu do nada e tornou-se uma das ferramentas mais utilizadas por todos, especialmente devido à pandemia provocada pela COVID-19.
Com aulas à distância, trabalho à distância, relações à distância, pais à distância, o zoom tornara-se essencial para qualquer profissional.
Contudo, com as pessoas em casa com pouca coisa que as ocupasse, rapidamente foram descobertos problemas na segurança o que levou a que as reuniões pudessem ser infiltradas com facilidade por qualquer internicense (os habitantes da internet) como Twomad. Bem, palavras para quê:

 

E Twomad é um dos good guys, aulas e reuniões estavam a ser invadidas por spammers com conteúdo pornográfico, violento e tudo o que se consegue imaginar.
Foi assim descoberto que o Zoom negligenciava a sua encriptação p2p, o que expôs a informação pessoal de milhões de utilizadores, focando-se em terminar as reuniões em 45 minutos para aumentar os lucros.

Vou só deixar isto aqui: https://www.skype.com/pt/get-skype/


3- HM:

A HM… Não, não vale a pena. Eu vou só deixar aqui a imagem.


 

4- DOVE:
Desculpem mas eu também não consigo falar sobre isto:

 

Para terminar deixo-vos uma compilação dos maiores fails de marketing, negócio no trabalho feito por alguém muito mais capaz do que eu.

Possivelmente o meu youtuber preferido “the internet historian” recolhe histórias onde o protagonista é a internet e os seus internicenses.
Desfrutem das piores ideias de sempre que marketeers, como nós, tiveram.

Aprendamos assim com os piores:

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