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Showcase Friday – Bordalo II

Será que é possível dar vida a caixotes do lixo estragados, ecopontos partidos, pára-choques atrofiados e inúmeros materiais que já não são dignos de ter “vida”? Bordalo II diz que sim.

Um dos artistas mais revolucionários de Portugal, descendente do pintor Bordalo, é conhecido pelo mundo inteiro, com inúmeras obras de arte. Apesar do seu trabalho não ter uma etiqueta, Bordalo é um artista, em particular de arte pública.

 

Penguins and trash cubes – Life is beautiful in las vegas, nevada, USA, 2018

 

As suas criações dificilmente passam despercebidas. Criadas em avenidas, edifícios, ruas e ruelas, qualquer pessoa pode contemplar de forma gratuita a arte deste criador.

Os materiais caricatos que utiliza tornam as suas obras exclusivas, como é o caso das esculturas e o que chama de “Big Trash Animals”. Toda a matéria prima vem de centros de reciclagem, terrenos baldios, oficinas e rua. Reciclagem e reutilização estão na base da criatividade deste artista.  

“Eu gosto que as coisas me passem ideias, que me façam pensar. Acho que é interessante nós (artistas) podermos comunicar com o público. Não temos de fazer uma coisa que agrada às massas como se fosse música popular. Podemos encontrar um equilíbrio e fazer um trabalho que comunique com as pessoas, que as faça sentir coisas. Acho que ganhamos com isso, sem ter de fazer um trabalho banal.” – Bordalo II

Um dos seus últimos trabalhos tem como palete a Universidade de Coimbra, mais precisamente o colégio das artes. Claro que na cidade do conhecimento o animal escolhido tinha de ser a coruja. Sem penas, mas com muito plástico, permitindo-lhe durar centenas de anos, caso o Colégio das Artes permaneça também intacto. Um animal próximo da eternidade, para fazer pensar os que ali irão passar durante um longo futuro.  

«“Para mim, fazer um trabalho numa universidade em que se cultiva tudo o que deve ser a base de uma sociedade sustentável é importante, porque o meu trabalho é precisamente chamar a atenção e tocar em pontos relevantes. [Esta obra] é uma coruja nova, com as pernas esticadas, a tentar alcançar os seus objetivos. Há uma divisão na peça, com um lado mais clássico, que se agarra melhor a estas paredes mais antigas e outro lado mais direcionado ao futuro, mais colorido, onde nascem novas ideias e novas problemáticas, para que tudo funcione melhor no futuro.” »

 

 

Para o artista, as suas obras são uma mensagem, uma forma de alerta, um despertar da monotonia. Principalmente focado em temas como o impacto das alterações climáticas, sustentabilidade, polémicas políticas e animais em vias de extinção. Bordalo II capta as atenções, mostra o seu talento, satiriza e consciencializa de forma criativa. A sua manifestação e preocupação com o ambiente e vida animal, revela-se no seu trabalho “Big Trash Animals”, “Provocative” e “Train tracks”.

 

Unfair Play – Lisbon, Portugal, 2014

Mantenha os olhos abertos, na próxima rua que passar pode encontrar uma destas obras que não cobra bilhete para ser vista.

 

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