Escritora, feminista, mulher de si e do seu mundo
Nasce em Lima, Peru em 1942. Filha de pai diplomata e de Panchita, mulher simples e do povo, que mais tarde lhe dá um padrasto também diplomata. A sua infância foi cheia de aventuras que a ajudou na criação das suas personagens, das quais tirou imenso proveito! Tem uma vida adulta marcada pelo golpe militar de Pinochet, pelo exílio na Venezuela e, especialmente, pelo horror de perder a sua filha Paula.
A sua história é imensa, desde as suas viagens, às diversas pessoas influentes que conheceu e, claro, os variados livros que tem! Isabel Allende é a autora viva mais lida em espanhol: 24 livros traduzidos em 42 idiomas e 75 milhões de exemplares vendidos.
Poderia referir todas as suas obras, uma a uma, que não me cansaria e ainda nem li todas, mas o que me leva a falar desta magnífica escritora e, especialmente, o que me faz relacionar tanto com ela, é a sua paixão, a sua determinação, a grande capacidade de admirar os feitos dos outros como admira os seus, mas acima de tudo, a sua luta pela igualdade de género.
Mulheres da Minha Alma: Uma autobiografia marcada pelas memórias e reflexões do que é viver num ambiente de machismo estrutural, e pior, do que é ser mulher numa luta constante contra o statu quo imposto.
Isabel Allende diz-se feminista desde o jardim de infância e neste livro não só retrata as várias situações da sua vida em que esta posição foi necessária, como refere todas as mulheres importantíssimas na sua vida: a sua mãe Panchita, a sua filha Paula, a agente literária Carmen Balcells, as escritoras companheiras e todas as mulheres do mundo que fazem a sua luta pela justiça e igualdade.
Acredito que este livro se dirija a todos os que desejam um mundo melhor e uma sociedade mais justa.
Pode não ser um impacto definitivo, mas se formos muitos, será definitivamente um impacto maior.
