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Showcase Friday – René Lalique

“Don´t need to be diamonds to be a girl’s best friend”

Há peças e objetos que ficam na memória de uma pessoa durante os seus anos de aprendizagem escolar. Estilos e formas que vemos nos livros de História de Arte. Épocas que gostaríamos de vivenciar e todo um Universo que gostaríamos de absorver.

Confesso que as eras da Arte Nova e Arte Déco sempre foram o meu ponto fraco. Sempre as admirei em todas as áreas, desde a decoração à arquitetura e ao estilo de vida.

Nesta altura há um nome que se destaca pela sua genialidade: René Lalique.

Porque razão o mundo se apaixonou por René Lalique?

“To seek beauty is a more worthy aim than to display luxury.”

Lalique é considerado por muitos como um génio e o inventor da Joalharia moderna.

A sua audácia em misturar ouro com vidro e cerâmica foi revolucionária. Assim como a sua escolha de iconografia com influências do mundo natural, de contos de fadas e do mundo oriental.

Numa altura em que a originalidade e a criatividade eram abandonadas e trocadas em favor do ornamento e do estilo luxuoso com o excesso de pedras preciosas, Lalique quebrou a tradição ao incluir novas formas e novos materiais nas suas peças.

Nasceu em 1860 em Marne mas desde cedo se mudou para Paris, e andou constantemente em viagens entre a sua terra natal e a capital de França. Mais tarde confessou que essas viagens o influenciaram na forma de ver o mundo natural.

O seu talento para o desenho foi reconhecido aos 12 anos quando ganhou um prémio e mal saiu da escola trabalhou como freelancer para grandes casas de joalharia como a Cartier.

Em 1884 a sua mãe apresenta-o a uma jovem, recém herdeira por parte do pai, com a qual casou. A herança da jovem daria a René a liberdade financeira que ele tanto desejava.

Mesmo sendo um casamento sem amor, René dizia que foi a sua melhor decisão.

No entanto, o casamento durou um ano, pois ele apaixonou-se por outra – Alice. A sua esposa desfez o casamento e retirou-lhe o apoio financeiro.

Alice morreria uns anos mais tarde, o que foi um duro golpe para Lalique, mas casou-se uma terceira vez.

Em 1887 abre o seu próprio espaço e em 1888 desenhou as suas primeiras peças em ouro e inclui novos materiais. Escolheu-os pelo seu poder, luz e cor, quer fossem preciosos ou não. Combinou ouro e pedras preciosas com pedras semi preciosas, âmbar, vidro, cerâmica, marfim, pérolas e até osso. Nesse mesmo ano regista a sua marca e assina RL.

Todas as suas criações são suaves ao toque, não são agressivas para a pele e o verso é tão bonito com a frente.

O seu desejo de criar algo que nunca foi visto antes deu-lhe nome e tornou-se o favorito da socialite, sendo até admirado pelos joalheiros mais marcantes da época.

A atriz Sarah Bernhart usou muitas das suas peças e apresentou-o ao magnata português, Calouste Gulbenkian. Este encomendou-lhe 145 jóias entre 1895 e 1912 tirando Lalique de quaisquer preocupações financeiras.

Em 1900 atinge o auge da sua carreira como joalheiro ao participar na Grande Exposição de Paris. 

Após a feira, Lalique muda de percurso.

“Glass is a marvellous material.”

Com a fama, surgiram as falsificações. Farto de ser plagiado, procurou um novo desafio para a sua carreira e encontrou-o no vidro.

Em 1912 abandonou completamente a carreira de joalheiro.

Dedicou-se ao mundo do vidro e na decoração de interiores e objetos decorativos.

Em 1937 a sua saúde deteriorou-se, o que lhe limitou os movimentos e nesse mesmo ano descobriu que andava a ser traído pela sua esposa.

Morreu em 1945 aos 85 anos.

Hoje em dia as suas peças são mais apreciadas pela sua originalidade e excelência do design do que pelo valor dos seus materiais. Em leilões, as peças são vendidas por um valor muito superior ao real.

O nome de Lalique perdura, principalmente no mundo do vidro, onde a fábrica ainda existe e é gerida pelos seus herdeiros.

Tem mais de 200 trabalhadores que continuam a trazer o design de Lalique à vida.

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