A sexta-feira é uma Eleven da nossa semana, aparece sempre no final para salvar as pessoas que quase foram engolidas pela segunda-feira (Vecna).
Foi ao ter este pensamento spilberguiano que pensei que havia apenas um assunto a tratar durante o showcase friday – um tópico mais quente que a recente vaga de calor que atinge a Europa, falo claro de Stranger Things 4: que meteu toda a gente a pensar que o Will talvez esteja apaixonado pelo Mike, o que tornaria a dinâmica interpessoal das antigas crianças da temporada 1, de Hawkins, num triângulo amoroso mais complexo que o das bermudas.
Os The Duffer Brothers habituaram-nos a um nível cinematográfico, guionista e de efeitos especiais que têm vindo a crescer com o orçamento da série de temporada em temporada, simplesmente estonteante. Cheio de referências a filmes, jogos e cultura dos anos 80, fazem-nos viajar durante 10 horas seguidas no sofá e até revitalizam antigas estrelas musicais como Kate Bush, como se ela tivesse finalmente feito um pacto com uma entidade superior – if only i could make a deal with God…
Nunca mais me esqueço da cena na primeira temporada em que o coelho branco de Jefferson Airplane acompanha a excelente coreografada cena de tiroteio entre a malta do laboratório e a pequena devoradora de waffles, deixo-o aqui para refrescar a vossa memória :
Lembro-me de estar sentado e gritar “F******” o que é isto?
Claro que era uma excelente premonição para o que aí vinha.
Agora, 4 anos de Hawkins mais tarde [6 upside down(planeta terra)] um aparelho nos dentes do Dustin, uma Bárbara e um Billy a menos, esta série presenteou-nos com alguns dos melhores momentos da série até agora, verdadeiros hinos às personagens, às referências cocainizadas dos anos 80, mas acima de tudo aos fãs.
Stranger Things 4 está cheio de poesia visual que nos atropela diversos sentidos de cada vez sem pedir licença, tornando o que deveria ser uma série da Netflix numa referência de cinema, num ícone pop que nos faz gastar dinheiro em merchandising que definem que amizades devemos ou não manter: as pessoas com e sem t-shirts, posters ou tapetes do ratos do maior acontecimento desde que o Brad Pitt matou a malta maluca do rancho de Charlie Manson (se não sabem o que é “deslargem-me”).
Deixo-vos aqui com uma lista muito subjectiva, incompleta e desafinada de 5 momentos que foram os momentos mais marcantes da temporada 4 de Stranger Things.
5 – Vecna kills Fred.
Quem nunca quis estalar os ossos até ao tutano?
Que cena épica!
https://www.youtube.com/watch?v=Fmujrf0Op_w
4 – Reviver Kate Bush enquanto se revive Max
A realidade a imitar a arte? Engraçado como enquanto se salva uma Max em decadência, se salva uma Kate Bush, uma estrela vermelha a pairar no espaço:
3 – O primeiro portal.
1+1+1 = 3 – o Darth Vader teria inveja da eleven
2 – Vecna vs Eleven
Que luta épica!!!
1 – Master of Puppets.
É lindo porque o Vecna é o Master of Puppets.
É lindo porque Joseph (Eddie) aprendeu a tocar a música na guitarra
É lindo porque a cena foi criada para a música, não adaptada.
É lindo porque o Dustin ama o Eddie e eu também! Tu é que choraste.