No showcase desta semana, decidi falar sobre Tezuka Osamu, “Deus do mangá”.
Se existe algo que realmente me inspira, influencia e admiro profundamente são os artistas que criam histórias desenhadas/animadas inspiradoras, simbólicas e profundas. Lembrei-me deste autor por ser o pioneiro deste mundo e também por ser o criador de uma das histórias que gostei muito de ver: Dororo.
Tezuka Osamu foi uma figura importante na história do mangá e do anime. Este artista nasceu a 3 de novembro de 1928, na cidade de Osaka, Japão, no seio de uma família de classe média e com fortes tendências criativas para criar histórias e desenhar.
A sua inspiração nos primeiros tempos vinha de bandas desenhadas que eram publicadas nos jornais e nos primeiros desenhos animados do Walt Disney. Com 13 anos, as suas BD já eram conhecidas por entre os seus amigos.
Porém o mundo das artes, nem sempre foi o foco da carreira de Tezuka. Este vivenciou a segunda guerra mundial durante a sua adolescência e desde de então, decidiu prosseguir uma carreira na área da medicina, como “forma pessoal” de tentar compensar pela dor da morte dos seus amigos e colegas nas batalhas da 2ª Guerra Mundial.
Após a derrota do Japão na guerra, o país sofreu grandes consequências a nível económico e Tezuka vê-se obrigado a trabalhar como desenhista, enfrentando a fome e falta de meios através da tinta e papel, e foi desta forma que ele criou diversas histórias cheias de humanidade, fantasia e mensagens de otimismo.
Em 1946, ele cria o seu primeiro best-seller :Shin Takarajima (A Nova Ilha do Tesouro), uma história em banda desenhada na forma de storyboard de desenho animado, que mistura elementos de linguagem cinematográfica as bandas desenhadas, tornando-se este um elemento característico do mangá moderno.
Pouco anos depois outras histórias de sucesso foram criadas como “Kimba, o Leão Branco” em 1950, “Astro Boy” em 1952, entre outros que, atualmente servem de inspiração para milhares de obras cinematográficas.
Em 1963, Tezuka realizou o seu sonho de produzir uma animação em série no Japão, com a estreia de Astro Boy, realizada pela sua própria produtora Mushi Productions.
Tezuka torna-se o primeiro produtor de anime a internacionalizar a sua obra.
