Tinguely nasceu em Friburgo, em 1925.
Frequentou a escola em Basileia e passou grande parte da sua infância a vaguear pelos bosques locais, aqui ele encontrou inspiração para sua futura arte, o uso do acaso e do movimento, os vários sons criados pela velocidade da água e a expetativa de vida temporária das suas obras de arte.
Entre 1941 e 1945 estudou arte na Kunstgewerbeschule, Basileia. Durante este período tornou-se fã da Bauhaus Design School e, em particular, das obras de Kurt Schwitters e Paul Klee. Em 1944, Tinguely começou a experimentar o movimento, criando esculturas cinéticas semelhantes a máquinas equipadas com motores elétricos, que as faziam girar em alta velocidade. Ele deu o nome a tais esculturas de metamecânica.
É impressionante ver estas esculturas ao vivo, como por exemplo a fonte do próprio museu, algo mecânico e rígido faz um contraste com a forma orgânica e fluida da água, uma metáfora perfeita para a relação do homem e a máquina.
Para além disso quando visitei a cidade de Basileia no inverno, em vários pontos podíamos apreciar as inconfundíveis fontes de Tinguely com a água congelada fazendo-as parecer uma fotografia.
Por fim gostaria de salientar que na sua obra nota-se uma ligação ao design e as sua bases técnicas. Em grande parte das suas obras é intrínseca a relação da funcionalidade mecânica com a sua aparência estética cuidadosamente composta, e mesmo as suas criações que eram feitas para se auto destruir por um lado mostra o lado efémero da máquina semelhante ao ser humano como uma funcionalidade dedicada a sua destruição.
