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Showcase Friday – Yayoi Kusama

Se sofres de tripofobia, aviso-te já, de que este artigo não é para ti. Faz skip já!

A artista que vou mencionar, tornou-se numa das artistas plásticas mais originais e importantes no mundo das Artes.

A sua magia? Simples, aplicou o seu elemento repetidas vezes: bolas!

“E porquê bolas?” (perguntam vocês)

Esta artista japonesa apenas quis mostrar ao mundo a forma como ela vê tudo o que a rodeia.

A sua realidade e a sua visão do mundo estão inerentes à sua condição psicológica. Foi sempre atormentada por visões distorcidas e alucinações, que a fazem ver bolas e pontos em todo o lado.

 

 

“My art originates from hallucinations only I can see. I translate the hallucinations and obsessional images that plague me into sculptures and paintings.”

Yayoi Kusama, nasceu no Japão, no seio de uma família tradicional e passou a sua infância, numa quinta rodeada de flores, onde desde muito nova, teve alucinações. 

Estas começaram a surgir quando foi obrigada pela mãe a espiar as aventuras sexuais do seu pai, o que a tornou incapaz de se sexualizar.

Desde muito cedo quis representar e transpor através dos pincéis as suas neuroses, mas a sua mãe era contra. Uma mulher de visão mais objetiva, rejeitava a paixão da filha pela pintura e chegou a agredi-la fisicamente diversas vezes para que parasse de pintar.

Mas Yayoi não desistiu  e partiu para os Estados Unidos onde percebeu que lá podia crescer artisticamente.

A experiência nova-iorquina não correu pelo melhor e chegou a viver em pobreza extrema. Não era fluente no inglês e, como mulher com pouca influência, enfrentou sexismo e discriminação e viu o seu trabalho a ser copiado por artistas mais conhecidos do que ela.

Trabalhou, no entanto, com grandes nomes da arte moderna, como Andy Warhol, e logo passou a liderar o movimento da vanguarda.

O seu trabalho focou-se na anulação de si própria e nas repetições até ao infinito dos seus pontos.

 

 

“My life is a dot lost among thousands of other dots.”

Foi considerada uma mulher à frente do seu tempo, feminista, moderna e revolucionária por natureza.

Os seus projetos mais ousados e a sua visão sobre a guerra do Vietname não caíram bem na, ainda fechada, sociedade japonesa e acabou por ser apelidada de desgraça nacional e a mãe desejou-lhe a morte.

Yayoi usou as suas criações para lidar com os vários problemas mentais de que padecia e que ainda hoje a assolam.

A sua repulsa pelo sexo levou-a a casar com o artista Joseph Cornell, que era impotente. E para lidar com essa sua aversão começou a introduzir formas fálicas nas suas obras numa tentativa em tornar familiar algo que a transtornava.

 

 

Com o estado das suas neuroses (muitas delas suicidas) a deteriorar-se, regressa para o Japão em 1973.

Por vontade própria, internou-se num hospital psiquiátrico onde vive até hoje.

Com 92 anos, continua a pintar todos os dias num estúdio perto do hospital. A pintura foi sempre um escape para a sua mente inquieta e sem limites.

“I am just another dot in the world.”

 

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